Há um día no ano em que os centros de intervenção psicologica estão repletos, os infelizes ainda mais infelizes, os solitarios ainda mais solitarios, os excluidos ainda mais excluidos........ um dia que é o apogeo duma época que chamamos "contemplativa" "silenciosa" mas que em realidade é a epoca de mais stress de todo o ano. Corremos com uma energia obsessiva para procurar prendas para pessoas que já tem todo e o que não tem, podem comprar quando quiserem e o que em realidade precisamos todos não se compra ......
Não há dia do ano com mais crises em familias e casais.
Quem é razoavelmente contente com a sua vida ao seguir a pressão dos mass-media tem que constatar que o seu grau de contentamente comparado com os idilios na televisão e nos jornais é completamente insuficiente.
E quem não é contente com a sua vida fica ainda mais destroçado porque o abismo que separa a sua vida da vida que gostaria de ter já é grande, mas o abismo que o separa da felicidade oficialmente exigida é definitivamente insuperavel.
E as pessoas profundamente desgraçadas e/ou psicologicamente frageis..... De cada radio, de cada televisão, de cada quiosco de imprensa, de cada cartaz, quase de cada boca humana saia o mantra que "todos somos felizes no Natal".
E quem não é ? Pois, é porque não chegou a cumprir as normas da sociedade: a meta da vida é o "sucesso" que leva a um maximo de dinheiro e assim da acceso ao mundo do consumo, e a felicidade alcança-se consumindo. Ou seja quem não é feliz ainda por cima é um "incapaz", "um fraco", "um loser" sem "sucesso" na vida.
Numa sociedade "pobre" ainda pode-se acreditar que todos seriam mais felizes si tivessem mais dinheiro, mas numa sociedade "rica", saturada de bens materiais para quem quiser ver, fica obvio que não é o iPod ultimo modelo, nem a Ferrari que trazem felicidade.
Quantas pessoas ficam contentissimas quando finalmente terminar " a quadra das festas" ..... Quantos fugem duma maneira ou doutra da pressão social que grita dia e noite "todos somos felizes no Natal".
No dia de Natal reunem-se as familias, decora-se a casa, trocam-se prendas, come-se bem, as pessoas religiosas vão a missa, ........ E QUANTAS PESSOAS SENTEM QUE EM REALIDADE NÃO TEM LIGAÇÃO PROFUNDA NEM COM OS FAMILIARES NEM COM O PARCIEIRO NEM COM OS QUE CHAMAN AMIGOS E AS VEZES NEM COM O MUNDO EM QUE VIVEM !
A pior soledão não é não ter nem familia nem amigos. A pior solidão e sentir-se separado dos outros por abismos de incomprensão e de falta de amor ...... muita conversa, muito barulho, mas nenhuma comunicação, muitas prendas, muitos abraços mas nenhum amor verdadeiro que respeita a pessoa tal como é e não a quer possuir e remodelar. E mais grande solidão ainda é naturalmente não ter ligação consigo mesmo, não ter aceso aos proprios recursos, estar completamente isolado de si mesmo, dos outros e do mundo em geral.
E depois deste panoramo pouco positivo cheguei a conclusão que finalmente o terror mediatico em época de Natal pode ter o mérito de abrir os olhos as pessoas que talvez não sejam as coisas que tanto desejam o que realmente precisam para chegar aonde todos queremos chegar:
Não há dia do ano com mais crises em familias e casais.
Quem é razoavelmente contente com a sua vida ao seguir a pressão dos mass-media tem que constatar que o seu grau de contentamente comparado com os idilios na televisão e nos jornais é completamente insuficiente.
E quem não é contente com a sua vida fica ainda mais destroçado porque o abismo que separa a sua vida da vida que gostaria de ter já é grande, mas o abismo que o separa da felicidade oficialmente exigida é definitivamente insuperavel.
E as pessoas profundamente desgraçadas e/ou psicologicamente frageis..... De cada radio, de cada televisão, de cada quiosco de imprensa, de cada cartaz, quase de cada boca humana saia o mantra que "todos somos felizes no Natal".
E quem não é ? Pois, é porque não chegou a cumprir as normas da sociedade: a meta da vida é o "sucesso" que leva a um maximo de dinheiro e assim da acceso ao mundo do consumo, e a felicidade alcança-se consumindo. Ou seja quem não é feliz ainda por cima é um "incapaz", "um fraco", "um loser" sem "sucesso" na vida.
Numa sociedade "pobre" ainda pode-se acreditar que todos seriam mais felizes si tivessem mais dinheiro, mas numa sociedade "rica", saturada de bens materiais para quem quiser ver, fica obvio que não é o iPod ultimo modelo, nem a Ferrari que trazem felicidade.
Quantas pessoas ficam contentissimas quando finalmente terminar " a quadra das festas" ..... Quantos fugem duma maneira ou doutra da pressão social que grita dia e noite "todos somos felizes no Natal".
No dia de Natal reunem-se as familias, decora-se a casa, trocam-se prendas, come-se bem, as pessoas religiosas vão a missa, ........ E QUANTAS PESSOAS SENTEM QUE EM REALIDADE NÃO TEM LIGAÇÃO PROFUNDA NEM COM OS FAMILIARES NEM COM O PARCIEIRO NEM COM OS QUE CHAMAN AMIGOS E AS VEZES NEM COM O MUNDO EM QUE VIVEM !
A pior soledão não é não ter nem familia nem amigos. A pior solidão e sentir-se separado dos outros por abismos de incomprensão e de falta de amor ...... muita conversa, muito barulho, mas nenhuma comunicação, muitas prendas, muitos abraços mas nenhum amor verdadeiro que respeita a pessoa tal como é e não a quer possuir e remodelar. E mais grande solidão ainda é naturalmente não ter ligação consigo mesmo, não ter aceso aos proprios recursos, estar completamente isolado de si mesmo, dos outros e do mundo em geral.
E depois deste panoramo pouco positivo cheguei a conclusão que finalmente o terror mediatico em época de Natal pode ter o mérito de abrir os olhos as pessoas que talvez não sejam as coisas que tanto desejam o que realmente precisam para chegar aonde todos queremos chegar:
A FELICIDADE
7 comentários:
Aqilo em que se tornou o Natal é mesmo para esquecer ! É, para muita gente, o período mais depressivo do ano. E a pressão do consumismo está cada vez mais intolerável...Bem merecia formar-se um movimento social anti-natalício ! Por mim adiro já.
:))))
José-Carlos
Efectivamente, há de tudo das depressoes até aos suicidios em nome de que ? de paz? de amor? Vou dizer algo que pode parecer cinico, mas nao é: mais pobres as pessoas mais bonito o Natal.
a pressao de se ser feliz, amado, e maior nesta altura
Jokas
Paula
Excelente post. Concordo e assino em baixo de tudo o que escreveste, eu própria escrevi um texto a focar o mesmo temo há uns 2 ou 3 anos atrás. Gosto de viver a essência da quadra natalícia mas o natal em si, acho uma autêntica hipocrisia. Parabéns por este texto, está magnífico.
Alles liebe :)
Sem o saber, estava precisamente a lembrar que nos falta o essencial!!!
Solidariedade, humildade para assumir o que é verdadeiro, profundamente sentido.
Já o fiz ano passado. E cada ano é mais agressiva a dualidade rico/pobre, feliz/infeliz - ter ou não ter!
Abçs
Desculpe, mas ando com pouca inspiração.
Bom dia para si.
Q. Wolkengedanken:
Eu se pudesse ia embora aí pelo dia 15 e só voltava depois do dia de Reis (6 de Janeiro). Não gosto nada desta "quadra natalícia". A neura vai-se instalando progressivamente! Como o teu texto é lúcido e me identifico com ele!
Beijinho
:))))
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